A imagem do fotógrafo Kevin Carter
mostra uma criança sudanesa agonizando.
O urubu está esperando a hora de se alimentar.
A foto ganhou o Prêmio Pulitzer.
O fotógrafo cometeu suicídio.
mostra uma criança sudanesa agonizando.
O urubu está esperando a hora de se alimentar.
A foto ganhou o Prêmio Pulitzer.
O fotógrafo cometeu suicídio.
Por Lucas Caroli Cruz
As leis da natureza não se alteraram ao longo da história, desde épocas remotas. Sobrevive o mais adaptado aos obstáculos do ambiente e, assim, surgem as noções de presa e predador. O homem não é uma exceção: mesmo nos parâmetros atuais de sobrevivência, é um predador. Não somente de outros seres, mas da própria espécie.
As desigualdades são as provas mais sólidas e claras do predatismo humano. Vale ressaltar que a hegemonia do Homo Sapiens Sapiens é tanto inata como circunstancial. Como exemplo histórico está o imperialismo das civilizações europeias sobre as africanas. Foram demarcados territórios de acordo com interesses econômicos europeus na África, o que demonstra o predatismo circunstancial. Desse fato, decorreram os conflitos tribais, evidências do predatismo engendrado junto à natureza humana.
Porém, nenhuma prova de acúmulo e desigualdade é tão gritante como a questão da fome. Estima-se que 1 bilhão de pessoas sofram com essa injúria. Contudo, estudos indicam que a produção alimentícia atual é suficiente ao suprimento mundial. Logo, muitos desperdiçam, assim como muitos passam fome.
Em conjunto está a supremacia dos humanos no meio ambiente. Impregnados de tecnologia, exploramos sem medir as consequências, com olhos direcionados ao presente e ao acúmulo de riquezas. Um grande exemplo são as usinas nucleares, que representam um risco em potencial à natureza e à vida. Recentemente, Fukushima, no Japão, mostrou-nos, novamente, o perigo dessa forma de energia. Assim, esse predatismo circunstancial atinge não somente as gerações atuais, mas também as futuras.
Exploramos, criamos, destruímos, enfim, temos o que queremos e buscamos nossos objetivos. Entretanto, a audácia humana é representada pelo predatismo, inato a nossa essência ou circunstancial, sobre a própria e as demais espécies, sem esquecer a natureza. Ameaçando esta, torna-se evidente o predatismo sobre as gerações futuras. Portanto, os humanos são, paradoxalmente, o futuro e o fim da espécie.
* Lucas Caroli Cruz , aluno do Cursinho - turma 2014.
* Lucas Caroli Cruz , aluno do Cursinho - turma 2014.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Obrigada por participar. Seu comentário será liberado após mediação dos administradores.