Brenno Tagliavini
Depois da legalização para uso recreativo nos nossos vizinhos uruguaios, a maconha tem sido pauta de inúmeras discussões no Brasil. Seja no Congresso ou numa simplória mesa de bar, o assunto está bem massificado, porém nem todos pensam nas consequências claramente.
Citando o exemplo uruguaio, relatos de moradores e turistas são praticamente os mesmos: "Montevidéu e Punta del Este estão recheados de turistas e usuários nas ruas, fazendo com que qualquer passeio seja impossível não reconhecer o cheiro da erva". Este consumo desenfreado não pode atingir os brasileiros (já conhecidos por abusar do álcool, por exemplo), pois gradativamente o número de dependentes se tornaria elevadíssimo a ponto de nosso sistema de saúde (já debilitado) não suportar.
Tendo em vista que "isto é Brasil", se a maconha fosse legalizada, os impostos raramente iriam para o investimento em saúde (como em Washington e Colorado e até mesmo na Holanda), pois a corrupção e ganância dos políticos levariam a sociedade a praticamente o "caos". Além disso, os jovens seriam instigados a consumir, tendo problemas da mesma magnitude ou até piores que os do álcool.
Então, de fato não é uma boa ideia a legalização da cannabis. A única exceção que poderia (e deveria) ser ampliada é o "desembargo de maconha" pela Anvisa, que atrapalha muito pesquisadores na obtenção de espécies para estudo. Visto que fármacos à base de THC e CBN podem ser produzidos para tratar algumas dores crônicas e distúrbios mentais. Cabe ao Inmetro e a Anvisa terem bom senso no desembargo para pesquisas mais aprofundadadas sobre os princípios ativos (THC e CBN), que podem, sim, ser benéficos, ao contrário da descriminalização.
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