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Desenho de Daniela Tamiya publicado no jornal do Anglo |
Daniela Miura Tamiya tem 17 anos, está no 3º. ano. Ela tem um hobbie diferente, artístico. Desenha muito bem, não acham? Conheça um pouco da sua história:
Jornal Leão Gordo - Como e quando você começou a desenhar?
Daniela - Comecei a desenhar há não mais que seis anos. Na época eu tinha acabado de me mudar para Araçatuba e meus primos me mostraram um programa de TV chamado Animax, que recentemente saiu do ar. Nesse programa muitos animes, desenhos animados japoneses, eram mostrados e foi a partir daí que me tornei fissurada nesse tipo de coisa. Eu assistia por horas seguidas os desenhos e achava muito legais os traços, então tentava copiar alguns personagens. Eu fui melhorando quando conheci minha melhor amiga, que inclusive desenha muito bem.
O que mais gosta de desenhar?
Adoro desenhar pessoas, poses, olhos, expressões e rascunhos, tanto é que a maioria dos meus desenhos não passam de rascunhos! São poucas as obras finalizadas.
Sua técnica de desenho tem um nome específico?
Meu estilo varia entre o mangá e o semi-realismo, por mais que eu prefira desenhar no estilo mangá.
Faz isso só por hobbie ou tem trabalhos publicados profissionalmente?
Na realidade, evito colocar essas minhas paixões como profissão porque pode acontecer de se tornar algo não divertido. Assim como existem dias de inspiração para um escritor, existem dias de inspiração para um desenhista, então forçar um desenho num dia ruim não seria muito legal.
Já expôs seus trabalhos, participou de concursos?
Exponho meus desenhos em redes sociais de imagens em geral, fora meu Facebook, mas como eu não tenho tanta confiança acabo não mostrando muitos dos meus projetos. Quanto a concursos, me lembro de ter participado uma vez, em um concurso internacional financiado pelo Japão, há alguns anos.
Como se sente quando desenha?
Depende muito. Quando tenho uma ideia na cabeça e quero colocá-la no papel, ou no meu caso no computador, me sinto muito animada, mas a partir do momento em que se começa o esboço eu não sei bem como me sinto. Afinal, quando desenho, além de me sentir meio feliz, também fico meio frustrada. A frustração vem de um misto de traços que não saem como eu quero e um tempo extenso que gastamos para fazer um desenho que muitas vezes não acaba como desejamos. Muitas vezes não termino um desenho porque o que eu queria deixar marcado já está marcado pelo esboço. Além disso, sempre que começo a pintura, me irrito muito, porque eu não sei pintar muito bem e nem tenho um estilo fixo de pintura. Por exemplo, o desenho que foi aqui publicado me deu muita raiva. Lembro de ter comentado diversas vezes com minhas amigas que eu simplesmente não aguentava mais olhar esse desenho, a ponto de não saber mais se o que eu fazia estava ficando bom ou ruim, sem exageros.
Qual a sensação quando a obra está pronta?
Depende das obras. Desenhos rápidos e básicos que não exigem muito da pintura e traços limpos são muito bons de se terminar e ver que alguém gostou da sua obra mesmo se você não deu 100% de si. Já existem desenhos que mesmo terminados te desapontam; e também existem aqueles que te dão tanto trabalho que você não quer mais olhar para eles. Então, basicamente, não tem uma sensação única de quando termino um desenho.
O que pretende fazer com seus desenhos?
Eu geralmente jogo em algum site para não perdê-los, mas muitas vezes descarto projetos por não querer mais fazer. Eu não pretendo fazer deles famosos para que alguém do outro lado do mundo chegue para um amigo e diga "você conhece essa artista? Ela faz desenhos muito bons", por mais que um pouco de fama não me fosse fazer mal.
Ayne Regina Gonçalves Salviano é professora de Redação para Ensino Médio e Cursinho. Coordena o jornal impresso Leão Gordo e este blog.
Ayne Regina Gonçalves Salviano é professora de Redação para Ensino Médio e Cursinho. Coordena o jornal impresso Leão Gordo e este blog.
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