Por Isabelle Castilho
Sentado à sombra de uma árvore estava o menino a contar pedrinhas. Com um grito feminino, a criança parou, colocou- se de pé e deu alguns passos até a beira do rio onde as roupas das grandes senhoras começou a lavar. Neste momento, um pequeno peixe preto parou de nadar ao lado de sua mão. O
garoto ignorou aquele insignificante ser e continuou a esfregar o vestido de seda rosa. Entretanto, o pequenino continuava parado a observar aquele animal estranho no seu habitat.
- O que você quer? Não tenho pão nem para mim - disse o moreno de roupas sujas de barro, incomodado.
O peixinho, no entanto, apenas continuou no seu lugar.
- Moleque! Eu disse que queria essa roupa pronta para uma hora - uma senhora chegou gritando e logo batendo no estranho.
- Termine o que começou. Ficará sem janta hoje - e saiu.
Uma lágrima quente escorreu pelo rosto áspero, um ronco da barriga se ouviu, mas apenas um minúsculo animal foi testemunha disso.
* Isabelle Castilho, aluna do 2o. ano, turma de 2013.
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