quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Justiça injusta

Carol



De fato, em 1780 a.C., a Lei de Talião, famosa pela máxima "Olho por olho, dente por dente", imperava entre as barbáries vividas pelas civilizações. 

Tal lei consentia com as necessidades da época, já que o homem era inconsciente sobre os limites que teria de respeitar para não prejudicar o outro. 


Entretanto, em 1789 d.C., a Revolução Francesa alastrou pelo mundo ideais que transformaram mentalidades e, com isso, se tornou claro que é de extrema importância que o Estado de cada período, com suas diferentes características, se adeque às necessidades e mantenha o controle juntamente com os direitos dos indivíduos.

No momento em que um ser humano acha que possui o direito de ditar suas próprias regras e resolve assumir o papel de juiz, policial e advogado, fazendo justiça com as próprias mãos, encontra-se aí um Estado enfraquecido. 

Num país democrático como o Brasil, este ato viola a lei, e mesmo que inconscientemente, o indivíduo coopera para desmoronar a ordem e o controle do Estado, já que este perde sua função. 


O indivíduo ou grupo responsável por linchar uma pessoa, faz um julgamento prévio sobre o caso ocorrido e no mesmo momento entrega a sentença do possível culpado, e é justamente nesse momento que a função do Estado é apunhalada.

A impunidade somada às demoras nos julgamentos de crimes cometidos só aumentam o sentimento de injustiça em meio ao povo brasileiro. E este é o grande responsável por tantos atos de justiça feita com as próprias mãos, que na verdade são o retrato de um povo que não se sente representado.

Num país onde ocorrem 50 mil assassinatos por ano, em que apenas 8% de seus autores são identificados e presos, e onde 70,1% da população não confiam no trabalho das polícias, torna-se explícito que o Código Penal precisa de uma dura e intensa reformulação. 

Iniciando-se com a criação de leis mais severas e condenações mais duradoras, além da construção de novos presídios. E é claro, um grande incentivo na segurança pública, atuando tanto na melhoria da remuneração como nas melhores condições de trabalho garantindo maior segurança aos policiais e, assim, incentivando o progresso do setor.

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Justiça injusta

Carol



De fato, em 1780 a.C., a Lei de Talião, famosa pela máxima "Olho por olho, dente por dente", imperava entre as barbáries vividas pelas civilizações. 

Tal lei consentia com as necessidades da época, já que o homem era inconsciente sobre os limites que teria de respeitar para não prejudicar o outro. 


Entretanto, em 1789 d.C., a Revolução Francesa alastrou pelo mundo ideais que transformaram mentalidades e, com isso, se tornou claro que é de extrema importância que o Estado de cada período, com suas diferentes características, se adeque às necessidades e mantenha o controle juntamente com os direitos dos indivíduos.

No momento em que um ser humano acha que possui o direito de ditar suas próprias regras e resolve assumir o papel de juiz, policial e advogado, fazendo justiça com as próprias mãos, encontra-se aí um Estado enfraquecido. 

Num país democrático como o Brasil, este ato viola a lei, e mesmo que inconscientemente, o indivíduo coopera para desmoronar a ordem e o controle do Estado, já que este perde sua função. 


O indivíduo ou grupo responsável por linchar uma pessoa, faz um julgamento prévio sobre o caso ocorrido e no mesmo momento entrega a sentença do possível culpado, e é justamente nesse momento que a função do Estado é apunhalada.

A impunidade somada às demoras nos julgamentos de crimes cometidos só aumentam o sentimento de injustiça em meio ao povo brasileiro. E este é o grande responsável por tantos atos de justiça feita com as próprias mãos, que na verdade são o retrato de um povo que não se sente representado.

Num país onde ocorrem 50 mil assassinatos por ano, em que apenas 8% de seus autores são identificados e presos, e onde 70,1% da população não confiam no trabalho das polícias, torna-se explícito que o Código Penal precisa de uma dura e intensa reformulação. 

Iniciando-se com a criação de leis mais severas e condenações mais duradoras, além da construção de novos presídios. E é claro, um grande incentivo na segurança pública, atuando tanto na melhoria da remuneração como nas melhores condições de trabalho garantindo maior segurança aos policiais e, assim, incentivando o progresso do setor.

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