quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Que Seja Cartesiano o Príncipe


Por Gabriel R. Curi

Já dizia Maquiavel que um Príncipe deveria matar seu próprio irmão se fosse para se manter sólido no poder. Mas, se os fins forem utópicos, os meios são mesmo justificáveis? Descriminalizar um entorpecente irá trazer tão grande melhoria ao Brasil, que justifique uma drástica mudança como essa? Não, não irá.

Vive-se hoje em um Brasil em que há grandes medidas para evitar-se que uma pessoa alcoolizada dirija, por consequência da comprovada diminuição da percepção que o álcool causa às pessoas. Sendo assim, não faz sentido descriminalizar um produto que causa, assim como as bebidas alcoólicas, grande deturpação da capacidade sensorial – um dos muitos efeitos da maconha sobre os indivíduos – para depois criar inúmeras medidas e enormes campanhas a fim de conscientizar as pessoas sobre os riscos de dirigir sob efeito do entorpecente.

É sabido também que, com tantas outras drogas ilícitas – novas e velhas – não será a descriminalização de uma delas a responsável por acabar com os esquemas de tráfico, que existem em tantos lugares.

Outro ponto também bastante pertinente é a saúde popular. Não se pode oferecer um produto às pessoas para fins medicinais sem que haja total consciência de seus efeitos, tanto positivos quanto negativos. Portanto, é incabível a introdução da maconha no mercado de medicamentos sem que haja comprovação, por meio de testes seguros, que o consumo não é prejudicial à saúde.

Novamente não. Fins utópicos não justificam seus meios, sendo muito mais inteligente e sensato que o grande Príncipe Brasileiro siga o seguro método cartesiano de somente adotar como verdadeiro aquilo sobre o qual não caia dúvida, ao invés de tomar atitudes precipitadas e pouco analisadas. 

* Gabriel R. Curi, aluno do 3o. ano - turma 2014.

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Que Seja Cartesiano o Príncipe


Por Gabriel R. Curi

Já dizia Maquiavel que um Príncipe deveria matar seu próprio irmão se fosse para se manter sólido no poder. Mas, se os fins forem utópicos, os meios são mesmo justificáveis? Descriminalizar um entorpecente irá trazer tão grande melhoria ao Brasil, que justifique uma drástica mudança como essa? Não, não irá.

Vive-se hoje em um Brasil em que há grandes medidas para evitar-se que uma pessoa alcoolizada dirija, por consequência da comprovada diminuição da percepção que o álcool causa às pessoas. Sendo assim, não faz sentido descriminalizar um produto que causa, assim como as bebidas alcoólicas, grande deturpação da capacidade sensorial – um dos muitos efeitos da maconha sobre os indivíduos – para depois criar inúmeras medidas e enormes campanhas a fim de conscientizar as pessoas sobre os riscos de dirigir sob efeito do entorpecente.

É sabido também que, com tantas outras drogas ilícitas – novas e velhas – não será a descriminalização de uma delas a responsável por acabar com os esquemas de tráfico, que existem em tantos lugares.

Outro ponto também bastante pertinente é a saúde popular. Não se pode oferecer um produto às pessoas para fins medicinais sem que haja total consciência de seus efeitos, tanto positivos quanto negativos. Portanto, é incabível a introdução da maconha no mercado de medicamentos sem que haja comprovação, por meio de testes seguros, que o consumo não é prejudicial à saúde.

Novamente não. Fins utópicos não justificam seus meios, sendo muito mais inteligente e sensato que o grande Príncipe Brasileiro siga o seguro método cartesiano de somente adotar como verdadeiro aquilo sobre o qual não caia dúvida, ao invés de tomar atitudes precipitadas e pouco analisadas. 

* Gabriel R. Curi, aluno do 3o. ano - turma 2014.

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